sexta-feira, 26 de junho de 2009

Areas remanescentes de floresta tropical são atrações cada vez mais procuradas pelos adeptos de trilhas e caminhadas e ajudam a projetar Pernambuco...

05 DE JUNHO - "DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E DA ECOLOGIA" - REDE GLOBO, ATRAVÉS DOS AMIGOS DA ESCOLA, PROMOVE CAMINHADA ECOLÓGICA, PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ARGENTINA CASTELLO BRANCO - OLINDA, À RESERVA ECOLÓGICA DE CARNIJÓ EM MORENO-PERNAMBUCO.

Nem só de frevo, mar e monumentos históricos vive o turismo de Pernambuco. O Estado ainda dispõe de remanescentes de Mata Atlântica preservados, a maioria em áreas particulares, mas que oferecem uma boa chance de contemplar um pouco do que foi destruído pelo homem em nome do desenvolvimento e do lucro. Um desses pontos é a reserva ecológica Carnijó, na Fazenda Santa Beatriz, município de Moreno, a 34 Km do Recife. Numa área de 135,5 hectares, 26 são de floresta nativa, com afluentes, uma vasta fauna e flora catalogadas e prontas para serem respeitosamente observadas pelos visitantes.

A extensa área de mata, que recebeu do Ibama, em abril de 2001, o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural, foi dividida em três. A maior delas, de 18 hectares, concentra as seis trilhas que podem ser percorridas com a ajuda de um guia. Os grupos de visitantes, que nunca são superiores a 15 pessoas - para evitar depredações e perturbação dos animais que vivem no local - recebem uma verdadeira aula de natureza. A lição começa logo após os primeiros oitenta metros, na entrada do parque, com exercícios de alongamento e relaxamento, que preparam estudantes e turistas para andar 1,6 Km de trilhas e entrar no clima da floresta.

As regras para conhecer a reserva incluem não tocar nos animais, nem nas plantas e andar em fila indiana evitando falar muito alto. No caminho, um verdadeiro espetáculo que deixa o visitante extasiado. Uma grande diversidade de árvores, entre elas o ingá mambé, cujo fruto serve para fazer uma bebida equivalente ao café e um doce igual ao chocolate; e o murici, que tem uma fruta capaz de render um delicioso suco. Algumas estão em extinção. é o caso do visgueiro (de cor alaranjada, sua madeira é usada na confecção de caixotes e ataúdes) e do canudo de cachimbo, que, como o próprio nome indica, tem grande serventia para os fumantes.

ANIMAIS - Banhada pelos rios Carnijó e Mangaré, a reserva dispõe de pequenas represas decoradas com as temperamentais ninféias, flores que só duram um único dia e se fecham todas as vezes que aumenta a incidência de sol sobre elas. A lista dos animais que matam a sede nesses mananciais não é pequena. Já foram vistos na mata tamanduás mirins, tatus, pacas, raposas, guarás, macacos, sagüis e até jacarés. Nada menos que cem tipos de pássaros também foram catalogados pelos Observadores de Aves de Pernambuco (OAP) no local, entre eles o carão , considerado raro.

Nas trilhas, com nomes característicos, como Fura Barreira (em homenagem ao pássaro que faz seus ninhos em pequenos buracos na barreira), Formigueiro (que leva até um formigueiro com nada menos que 12 metros quadrados), uma carinhosa reverência a mais conhecida lenda da floresta: a Trilha Comadre Fulozinha. "Temos que pedir licença a ela para entrar", brinca o guia, Joelmir Antão, apontando resquícios de oferendas (um prato de papa e cachaça) deixadas próximas a um enorme cipó corrente, no alto do qual, segundo a lenda, a famosa entidade da mata reside.

Os cipós, por sua vez, são um atrativo à parte no divertido passeio pela floresta. Mais de 11 tipos já foram encontrados na área. Os nomes são igualmente exóticos: maracujazim, cipó d'água, corrente, tripa de galinha, croapé, araquam, lagartixa e unha de gato. Para fechar com chave de ouro, o visitante é confrontado com a árvore favinha, no tronco da qual muita gente jura ouvir o barulho da seiva se movimentando, e o beijo de outras duas árvores comuns na mata, a jaguarana e a praiba. No retorno ao ponto de apoio do parque, além de sanitários e área para descanso, os visitantes encontram sucos e sanduíches naturais para um merecido lanche.

Projeto prevê alojamentos
A reserva Carnijó (a origem do nome é indígena) não é o único espaço para turismo ecológico que se destaca em Moreno. Dentro do projeto agroturístico do município estão incluídos também o Engenho Seva, que deve construir, em breve, alojamentos para os visitantes que desejarem passar finais de semana no local, o Engenho Pocinho, que também é um santuário religioso, o Engenho Herbert de Souza, o Hotel Viver Fazenda e o parque aquático situado dentro dos limites municipais.
Cada um desses empreendimentos, porém, são objeto de planos particulares de expansão. A reserva ecológica Carnijó, por exemplo, terá seu número de trilhas ampliado, na medida em que outras áreas da mata forem liberadas para visitação. "Serão criados ainda programas de caminhadas para terceira idade e um espaço esotérico. Tudo está sendo estudado com muito critério", diz o empresário, Múcio Novaes, um dos proprietários do parque ecológico.

A estrutura da reserva Carnijó ainda não dispõe de acomodações para pernoite ou hospedagem, mas essa possibilidade não está descartada. Para isso, terá que haver um investimento para construção de uma pousada. Na área da fazenda Santa Beatriz, onde está a reserva, existe a casa grande (sede do empreendimento) e uma outra residência, mas as duas servem como moradias para os donos da fazenda.

Enquanto isso, a Santa Beatriz, que fez parte das terras do barão de Moreno, segue seu ritmo próprio. Lá são criados 140 bois pitangueiras, resultado do cruzamento de raças européias e indianas, e cultivadas plantas ornamentais, como alpinas, helicônias e bromélias. "Dependendo da demanda, produzimos cerca de mil mudas/mês", informa Novaes. As mudas são enviadas para o Recife, onde embelezam jardins e praças.


Charles Darwin é referência para pesquisa

Muito conhecido entre as reservas ecológicas do Estado, especialmente por sua destinação educacional e de pesquisa, o Refúgio Ecológico Charles Darwin (RECD), em Igarassu, litoral Norte, a 34 Km do Recife, recebe uma média de oito mil visitantes por ano. A reserva de Mata Atlântica, que ocupa uma área de 60 hectares, já serviu de base para a realização de 130 trabalhos científicos, tornando-se o pedaço de floresta mais estudado do Nordeste. Tudo isso, por causa da infinidade de espécies animais e vegetais que vivem na área.

Desde 1989 o RECD desenvolve um programa educativo e de informação com escolas públicas e privadas sobre a Mata Atlântica, sua biodiversidade e a importância de sua preservação. "Mas o público visitante do refúgio não se limita a estudantes. Centenas de turistas locais e estrangeiros procuram a reserva em busca de cultura e lazer", lembra o coordenador geral do RECD, Roberto Siqueira.
Outra área recomendada para quem gosta do turismo mais científico é a Estação Ecológica de Tapacurá,em São Lourenço da Mata. Localizada em uma área de 776 hectares, sendo 406 de Mata Atlântica, o que mais marca sua ambiência é o lago da represa de Tapacurá, formado pelo represamento do rio Tapacurá. Na época da estiagem se formam várias ilhas no interior do lago, dentre elas destaca-se a Ilha do Colégio, onde estão as ruínas do antigo Colégio Agrícola, tendo ao fundo da paisagem o Morro do Padre. Em sua fauna pode-se encontrar espécies como a capivara, tatu, lobo guará, o tamanduá, além de peixes como tilápia, traíra, tacunaré e pescadinha.

Litoral - Quem prefere continuar no litoral, pode dar uma passada na Reserva Ecológica de Saltinho, em Tamandaré. A área é cortada em dois trechos pela PE 60 e a PE 76. Em seu interior encontram-se uma barragem para o abastecimento d'água do município, o Museu da árvore, sementeira, a casa grande e ainda a Cachoeira da Bulha D'água. Na área de 548 hectares observa-se a vegetação remanescente de Mata Atlântica. Os pássaros mais comuns na região são o sabiá, sanhaçu e papa-capim.

No Agreste, as rochas são as vedetes do Parque Ecológico Serra Negra, em Bezerros. O turista pode usufruir o mirante, que possibilita uma visão panorâmica do Planalto da Borborema, apreciar a Pedra Talhada (exótico processo de erosão natural) e a gruta do parque. A vegetação local é composta por árvores e arbustos espaçados, cactáceas, bromélias, fruteiras e gramíneas. Quanto à fauna, aparecem o tatu, o tejú, o gavião e o lobo guará.

Arrume as malas .........

Como chegar

Para marcar visitas à reserva Carnijó, o ideal é procurar as agências de turismo que trabalham com passeios regulares até o local. Todas são filiadas a Associação Pernambucana de Turismo Rural e Ecológico (Apetur), que dá informações pelo (81) 3467.7102. O grupo mínimo para o agendamento da visita é de oito pessoas. A visitação, que dura cerca de 2,5 horas, é aberta tanto a turistas quanto a escolas. A taxa para entrada no parque ecológico é de R$ 8,00 por pessoa e inclui lanche. Reservas diretas pelo (81) 3227.2822 ou 3074.3075

De carro
Quem for de carro por conta própria deve seguir pela BR 232 até Moreno. Ao chegar na PE 7 (caminho de Jaboatão), o motorista dobra na primeira a direita depois da Matriz de Moreno. A partir daí, o caminho estará todo sinalizado com a logomarca da reserva. é só seguir as placas

2 comentários:

  1. Eu conheço esse lugar...
    Lugar é lindo mesmo!!!
    Boa visita crianças! =)

    Miucha Liberato

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  2. conheço fuii ,
    la um dia desses ,
    é muito boom , os guias são ,
    legais e atenciosos , tudo e perfeito ,
    estão de parabens .

    By : Camilly Monteiro .

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